McLAREN ARTURA: ACABA DE CHEGAR O SUPERESPORTIVO HÍBRIDO PLUG-IN DA CASA DE WOKING

A McLaren introduziu a tecnologia híbrida em 2013 com o P1 e pouco depois a otimizou com o Speedtail. No entanto, o passo seguinte natural da empresa não era outro que assentar a eletrificação dentro de sua linha e para isso era imprescindível criar um superesportivo híbrido de produção em série, distante das exclusivas Ultimate Series. Bem, esse modelo já é uma realidade e responde pelo nome de McLaren Artura.
Após um longo período de desenvolvimento em que pudemos vê-lo com diferentes camuflagens e imagens escurecidas oferecidas pela marca, o design definitivo do Artura não decepciona em absoluto. O novo híbrido plug-in da casa de Woking compartilha certos traços com os McLaren 720S e GT, modelos entre os quais ficará enquadrado dentro da nova linha da marca quando chegar aos concessionários, no segundo trimestre de 2021.
Falamos de certos detalhes da carroceria assim como à forma de seus faróis (agora completamente descobertos) e seus retrovisores. Na traseira destaca-se a dupla saída de escape elevada assim como um amplo difusor de ar, enquanto que na linha lateral as rodas de novo desenho e as duas generosas entradas de ar situadas atrás das portas, são os detalhes mais representativos do Artura. Estas portas, é claro, oferecem a abertura de estilo borboleta típica da McLaren.
As dimensões oficiais revelam um supercarro de 4.53 metros de comprimento, 2.08 de largura e uma altura de apenas 1.19 metros que, no entanto, alcança uma distância entre os eixos considerável: de 2.64 metros, e conta com um porta-malas de 160 litros. É, portanto, um superesportivo médio embora a McLaren o situe em uma categoria própria devido à sua mecânica, a chamada High-Performance Hybrid ou HPH, em detrimento da Sport Series.
O Artura está disposto sobre um novo chassi de fibra de carbono, conhecido como McLaren Carbon Lightweight Architecture (MCLA) e criado especificamente para instalar mecânicas eletrificadas e tecnologias de última geração, mantendo ao mesmo tempo um peso muito contido e uma rigidez torsional máxima.
Inclui uma suspensão adaptativa e rodas de 19 e 20 polegadas para o eixo dianteiro e traseiro respectivamente. Os freios a disco alcançam os 390 mm de diâmetro na frente e os 380 mm atrás, com pinças de seis e quatro pistões respectivamente. Porém o mais inovador de seu arsenal técnico é um diferencial eletrônico integrado na transmissão, para otimizar ao máximo a motricidade em curvas e que encaixa perfeitamente com uma direção de assistência hidráulica e não uma elétrica como marcam os cânones atualmente.
Este novo chassi é acompanhado, como já apontavam todos os rumores, de um novo powertrain híbrido plug-in, que conta com um motor V6 biturbo a gasolina de 3.0 litros e 585 cv de potência que, associado a um sistema elétrico, eleva seu rendimento final aos 690 cv de potência e 720 Nm de torque máximo. Uma transmissão automática de dupla embreagem e 8 velocidades permite aproveitar toda essa potência para conseguir uma aceleração de 0 a 100 km/h em 3 segundos, a 200 em 8.3 e a 300 em 21.5. A velocidade máxima é de 330 km/h.
Este bloco permite uma circulação em modo elétrico de até 30 quilômetros com uma velocidade máxima de 130 km/h, graças à uma bateria de 7.4 kWh que se carrega em 2.5 horas.
A Mclaren assegura que a questão do peso extra pelas baterias não será um problema neste esportivo, já que os engenheiros conseguiram recuperar a grande maioria desse déficit graças à experiência da marca colhida em competições.
“Para nós, a leveza e a tecnologia híbrida de alto rendimento andam de mãos dadas para conseguir um melhor desempenho e veículos mais eficientes”, explica o comunicado oficial. “Nossa experiência na fabricação de compostos leves e fibra de carbono, combinada com nossa experiência em tecnologias de baterias de vanguarda e sistemas de propulsão híbridos de alto desempenho, nos coloca em uma posição ideal para oferecer níveis sem igual de condução eletrificada de alto desempenho que até agora simplesmente eram inatingíveis”.
Uma olhada no habitáculo do novo Artura serve para corroborar que estamos diante do modelo mais tecnológico de Woking. Nesse interior destaca-se uma tela retangular como quadro de instrumentos digital que se combina com a grande tela central vertical de 8.0 polegadas. Na parte direita deste quadro aparecem dois medidores novos: o da autonomia elétrica e o esquema de funcionamento desse sistema, enquanto que do outro lado surge a autonomia de uso total e o nível de combustível.
Em princípio se pensava que este primeiro híbrido plug-in faria parte da família Sport Series. No entanto, a marca britânica fala deste modelo como uma “nova geração” de superesportivos que abrirá uma nova era dentro da marca, até o ponto de que o nome McLaren Sport Series morrerá com o recente McLaren 620R. A partir de agora, todos os esportivos médios da empresa pertencerão à série High-Performance Hybrid, inaugurada pelo Artura e, portanto, serão eletrificados.
Este modelo também cumprirá um papel fundamental na hora de responder às exigências presentes e futuras do governo britânico a nível meio ambiental, que tem como objetivo proibir a venda de novos carros a combustão - inclusive híbridos - em 2032. Seja como for, a única coisa que está clara é que o McLaren Artura já é uma realidade que estará entre nós no segundo trimestre deste ano e que a partir de então, todos os sus sucessores compartilharão com ele uma característica: a eletrificação.